19 julho 2010

*Novos rumos*

Hoje em dia é comum entre as mulheres investir em sua carreira profissional e protelar a maternidade. Fui na contramão.

Sou professora e amo minha profissão. Desde sempre quis ser professora, tinha em mente terminar o ginásio, fazer magistério no CEFAM e cursar Pedagogia. Pois foi exatamente assim que as coisas aconteceram.
Logo entrei na Prefeitura de São Paulo e aí sim aprendi a profissão. Vivi intensamente meus anos em sala de aula, sempre crescendo, aprendendo, estudando e acreditando em um ensino público de qualidade.
Em 2007 fui convidada para trabalhar na Divisão de Orientação Técnica-Pedagógica (DOT-P) da Diretoria Regional de Educação Jaçanã/ Tremembé com formação de professores. Passei a ver a educação de um outro ângulo, desde a Secretaria da Educação até a sala de aula. Trabalhar lá me abriu muitas portas, pois fui convidada para trabalhar em outras instituições que formam professores, assim passei a assumir um compromisso também com a Secretaria da Educação de Rio Branco, no Acre. Fui algumas vezes para lá, durante minhas férias na prefeitura de São Paulo, trabalhar com os professores de Rio Branco e de Sena Madureira. Foi uma experiência incrível!
Minha carreira estava decolando cada vez mais, no entanto o sonho de ser mãe sempre esteve latente em mim. E sempre quis ser mãe nova. Resolvi que era hora de me entregar à maternidade, assim eu ainda terei muito tempo para retomar minha carreira profissional. A primeira coisa de que abri mão foram as viagens ao Acre, tinha acabado de engravidar, descobri que eram trigêmeos e minha médica ponderou que seria um risco muito grande fazer uma viagem tão grande e até desgastante.
Saí de licença médica pela gravidez de alto risco e me comprometi com minha diretora e com minhas colegas de trabalho que assim que terminasse minha licença gestante retomaria o trabalho na DOT-P. Porém as coisas nem sempre são como planejamos.
Eu passo 24 horas por dia "grudada" nos bebês, cuido deles com o maior zelo e maior amor, e sofro de pretensão maternal, ou seja acho que ninguém cuidará deles melhor do que eu!
Esse meu pequeno "probleminha", aliado ao fato de que nossa nova funcionária (a Zenaide) só começou a trabalhar conosco hoje, dia em que eu deveria voltar ao trabalho, me fez tomar uma difícil, dolorida, porém sábia decisão após conversar muito com minha diretora, com meu marido, minha mãe, minha irmã e minhas grandes amigas: estou voltando para a sala de aula! Parar de trabalhar não (por um momento até desejei isso, mas não dá, preciso do meu trabalho para alimentar minha alma), mas reduzir a carga de trabalho. No DOT-P meu horário é das 08h00 às 17h00, acrescido 1 hora para ir e 1 hora para voltar, passaria o dia todo longe deles, em sala de aula trabalharei das 07h15 às 13h35. Perfeito! Terei menos dinheiro, mas terei mais tempo para cheirá-los, beijá-los, educá-los, vê-los crescer e se desenvolver com muito amor e perfeição!!!

O futuro a Deus pertence. E como disseram minhas amigas, trabalhar o dia todo, ascender profissionalmente eu poderei sempre, tê-los pequenininho é uma vez só na vida. Agora é o momento de curti-los!!!

8 comentários:

  1. Gisele,deve se barra ficar longe deles,também sou professora e imagino quando meu bebes nasceerm como e ficar longe deles!
    já estou te seguindo,segue o meu blog também!
    beijos,Renata & Thiago + 4!

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  2. Parabéns pela decisão tão pensada, tão ponderada! Parabéns pela coragem. Eu tenho gêmeos e não consegui voltar ao trabalho pois também acho que ninguém vai cuidar deles melhor do que eu e isso falou mais alto.
    Mas para mim a maternidade aconteceu mais tarde (aos 35 anos) então optei por CURTIR.
    Sei que por um lado abro mão de mim, e isso às vezes mostra o seu preço. Mas me realizo com os pequenos e peço a Deus que eu tenha tomado a decisão certa.
    Mas a tua decisão com certeza está muito acertada. Muuuuitas felicidades na volta ao trabalho!
    Bjs

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  3. Parabens!
    ocê conseguiu tomar conta de tudo!!
    beijokas

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  4. Uau Gi, ter essa notícia assim pelo blog me fez ver o quanto preciso urgentemente fazer uma visita... Decisão difícil, mas sábia como vc mesma escreveu... Boa sorte nessa nova etapa e tenha certeza que não faltarão oportunidades incríveis de trabalho pela frente... Você sabe o quanto é uma profissinal maravilhosa e todos sabem disso também!!!
    Eu te amo profundamente e estou cheia de saudades...
    Muitos e muito beijos...

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  5. Olá Giselle! Sei bem o q vc está passando e acho q o mais importante é estar feliz e realizada. Independente da decisão de ficar, de voltar ou de diminuir. Se vc está feliz, seus filhos tbm estarão. Mil bjs querida!

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  6. Giselle,
    Da maneira como você escreve, da maneira como organiza as palavras, acredito ser um DOM... "deveria escrever um livro", quem sabe não será sua nova profissão?!
    De vez em quando acompanho seu Blog, começou por curiosidade e hoje acompanho até mesmo para me orientar, principalmente como mãe.
    Muito difícil sua decisão, mas muito sábia também... Realmente ninguém cuida dos nossos filhos como nós mesmas, mas não se preocupe, pois chegará a fase em que eles te ajudarão a cuidar deles, aí então, será a hora de retomar sua ascensão profissional...
    Agradeço diariamente à Deus pela minha filha... quando olho para ela penso: que ela é minha vida, meu ar, meu guia, meu coração, meu DEUS... meu tudo! Acredito que Deus confia muito em mim por me ter confiado um ANJO tão lindo e especial... Fico imaginando isso tudo multiplicado por três... Garota, você foi escolhidada a dedo por DEUS para cuidar de uma só vez de "três Lindos ANJOS", quanta confiança em você e em seu marido depositada...
    Desejo te ver sempre cerscendo... muita SAÚDE para vocês!!!

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  7. Meninas

    Obrigada pelo apoio e pelas palavras carinhosas!

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    Lu, te amo sempre!!!

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  8. Gi, estou prestes a tomar a mesma decisão que tu... Minha licença termina em um mês, e eu não tenho a opção de trabalhar meio turno. É tudo ou nada.
    Na minha opinião bem enviesada, acho que tomastes a decisão correta. como dissestes, eles só serão pequenos uma vez na vida, e acho que não estamos indo na contramão não, isso está virando tendência! Li na Veja da semana passada que há uma onda de mulheres bem sucedidas que largam suas carreiras temporariamente para se dedicarem aos filhos. Não pode haver nada mais nobre.
    Bjs

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