25 junho 2010

*Procura-se uma babá desesperadamente*

Quando ainda estava grávida, por inúmeras vezes pensei como faria para cuidar de três bebês. Sempre descartei a possibilidade de uma babá, um pouco por medo, um pouco por ciúme... Armei um esquema com minha mãe e minha sogra, eu nunca ficaria sozinha, todo mundo disponível a ajudar.E ainda tinha a Marinalva que cuidava da limpeza da casa, da casa e só!

Depois que eles nasceram, eu e o Conas armamos nosso próprio esquema e definimos nossas próprias regras em relação aos cuidados com o trio, então percebemos que não seria nenhum bicho de sete cabeças cuidar sozinhos. Como eu nunca tive apenas um bebê, não sei como é, só sei cuidar de três. E criança aprende as coisas muito rápido, logo eles entraram no nosso esquema. E assim sempre foi. Claro que as avós vêm aqui e ajudam, mas percebo que entram em desespero muito mais facilmente que nós, os pais, com qualquer engasguinho, qualquer regurgitadinha, qualquer chorinho rsrsrsrsrs Então nosso esquema sempre foi: rotina bem definida com o trio, eu a disposição deles o dia todo para mamadas, almoços, jantas, banhos e brincadeiras e a Marinalva cuidando da limpeza da casa, das roupas dos cinco e da nossa comida (a dos bebês só eu faço). Como o Conas trabalha dia sim, dia não eu aproveitava quando ele estava para cuidar um pouco de mim e de "tarefas externas": médico, feira, mercado, centro de estética, cabelereiro... E ficar sozinha com os bebês tem inúmeras vantagens, faço coisas que não faria se tivesse alguém aqui 24 horas por dia, como cantar enlouquecidamente, dançar, fazer teatro... essas coisas que só mãe faz, os filhos amam, mas sabe que é um mico gigante.

Voltarei a trabalhar em meados de julho, então meu plano com o trio seria o seguinte, minha mãe irá reduzir sua carga de trabalho na faculdade (insisti para ela não fazer isso, mas não teve jeito, os netos em primeiro lugar) e ficar com o trio manhã e tarde e a Marinalva assumiria a função de babá, recebendo um aumento salarial. Pensei em colocá-la nessa função pois como vê o trio todos os dias, eles a adoram, ela sempre conversava e chamava a atenção deles que respondiam com sorrisinhos e gritinhos. Foi quando de uma hora para a outra, faltando menos de um mês para eu retornar ao trabalho, ela resolveu pedir demissão. Faltou um dia, pediu para a irmã ligar e dizer que ela estava com muita dor nas costas, não atendia minhas ligações e só entrou em contato com o meu pai para dizer que não viria mais, que sentia muito pelos bebês, mas iria cuidar da dor nas costas (????). Fiquei indignada e super preocupada. Já estou com o coração na mão de ter que voltar ao trabalho em período integral, agora o que eu faria?! Não posso deixar minha mãe sozinha com o trio. Começamos a busca por soluções, minha mãe atrás de indicações e eu atrás de berçários.

Minha primeira opção sempre foi deixá-los em escolinha, mas minha mãe, meu marido e a pediatra foram contra, então resolvi ceder.

Tivemos duas indicações, de uma amiga da minha mãe e de uma vizinha dela. Entrevistamos as duas.
A primeira chegou. Sentou. Começamos a conversar quando de repente a Larissa a viu. A menina começou a chorar que não parava mais. Era só olhar para a cara da mulher que chorava! Peguei no colo, tentei acalmar, não teve jeito. Continuamos a conversa, afinal precisávamos tomar uma decisão. A mulher tem um super currículo: sempre trabalhou na parte administrativa de hospital, mas como está muito tempo desempregada está topando qualquer coisa. PODE UMA COISA DESSA?! Ainda disse "a casa, eu limpo a minha, então sei limpar a casa e criança a gente cuida". Ela não tem a menor ideia do que são trigêmeos. Agradecemos a presença e TCHAU! Pronto, a Lala parou de chorar. A segunda chegou, chama-se Zenaide. Mal falou oi e vimos nossa loirinha bater as perninhas, abrir sorrisinho, se chacoalhar toda para ela. Minha mãe não acreditou no que estava vendo, então discretamente pegou a Lala e levou para bem perto da mulher para ter certeza, e a Lala continuou respondendo com alegria a ela. Essa sim já cuidou de casa e de criança. E teve gêmeos!!!! Pronto, a Lala escolheu está escolhido. Assim que terminarmos os acordos todos, ela começa o trabalho.

Ter encontrado a Zenaide não diminuiu a dor no coração que estou sentindo em pensar que ficarei longe dos meus bebês o dia todo e posso não vê-los engatinhando pela primeira vez, ou não ser a primeira a ver seus dentinhos nascendo, não vê-los descobrindo coisas novas a cada segundo, mas já aliviou.

Agora tenho mais alguns dias para me preparar e lidar apenas com o sentimento conflitante de retomar minha vida profissional!

6 comentários:

  1. Ai Gica, que difícil, hein? Pelo menos ela pediu demissão antes de voltares a trabalhar... Sobre o sofrimento de não ver as crianças crescendo, nem me fala... Não consigo pensar em voltar a trabalhar...
    Teu blog tá super legal!
    Bjs

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  2. Pois é Carol, está sendo bastante complicado para mim pensar no meu retorno. O pior é que com o trânsito caótico de São Paulo, perderei mais duas horas.
    Vc voltará ao trabalho?

    Bjs

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  3. Que situação difícil.
    Tudo... voltar a trabalhar e ficar longe deles, a nova babá, a nova rotina...
    Tomara que a Zenaide seja tudo de bom e que essa fase de transição seja tranquila para todos vocês.

    Bjs

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  4. Ainda não sei. Também moro em SP, e gasto o mesmo tempo que tu para ir e voltar do trabalho. Imagina só, deixar eles das 07hs - 19hs na creche... Minha licença acaba 22 de agosto e depois vou tirar uns dias de férias... Vamos ver o que me aguarda!
    Bjs

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  5. Olá Giselle! Nossa li seu post como se fosse um capítulo emocionante de um bom livro rsrsrs. Senti sua aflição daqui. Sua Zenaide parece minha Veronica. Chegou quando eu ainda estava grávida. É louca pelo trio. Sempre q eu revelo fotos para as vovós tenho q revelar pra ela tb q carrega um albinho na bolsa..rsrs Ela tb só cuida da casa, da roupa dos 5 e da comida dos adultos. Do trio eu tb faço (ela descasca)kkkkk. Mas ela é hiper jeitosa com o trio, então quando eu tenho q sair, eu convoco minha mãe e a Veronica para tudo, toma banho e fica com eles tb. Concordo com vc, a família sozinha se enrola um pouco...rsrs
    Quanto a voltar ao trabalho, deve ser uma barra sim. Mas o q não dá, é abrir mão da carreira tão batalhada e ficar frustada. Eu só abri mão pq parecendo loucura ou não, estar cuidando do trio está me realizando muito mais, senão eu não abriria de jeito nenhum. Acho q para termos filhos saudáveis emocionalemnte, os pais precisam estar felizes. Isso é o mais importante.
    Mil bjs

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  6. Meninas, ainda estou em um conflito grande, talvez reduza minha carga horária no próximo ano.
    Uli, realmente sou apaixonada po minha profissão, mas sempre quis ter filhos e acompanhar seu desenvolvimento, nunca pensei em terceirizar a educação deles. Se eu pudesse, pararia de trabalhar por uns dois anos e depois retomaria minha carreira, mas não é possível, então terei que me organizar da melhor maneira possível.

    Bjs a todas e muito obrigada pelas palavras carinhosas!!!

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