04 junho 2010

*Para o mundo que eu quero descer*

É impressionante como crescem rápido!!!
Olho para eles agora, tão grandes, fortes, saudáveis e lindos, claro, e não dá para acreditar que nasceram tão pequenininhos (apesar de eu sempre vê-los grandes). "Ontem" mesmo eram uns tiquinhos de gente, e hoje...
Semana passada fui trocar o Matheus depois do banho e o body simplesmente não fechou!!! De uma hora para outra ele perdeu suas roupinhas. Corri comprar roupas novas para os três. Ainda bem que a vovó Elizete e o vovô Helio ajudaram a abastecer o guarda-roupas também.
Tem uma caixa imensa de roupas para doar. O papai ficou impressionado com a quantidade, e com dó também, pois tem roupas novinhas, algumas que nem chegaram a usar, mas simplesmente não servem mais!!

Boa parte das roupinhas que não servem mais já têm destino certo, a Marina, uma bebê de 3 meses que está internada e não tem roupas, nem carinho, nem mãe, nem pai, nem família nenhuma, porque estes monstros simplesmente a abandonaram por ter nascido com hidrocefalia. É um absurdo!!! Não dá, não consigo me conformar. Como um ser pode abandonar um filho assim?! Como um monstro deste é capaz de engravidar e outras pessoas têm que passar pelo sofrimento de precisar de um tratamento tão caro, delicado, angustiante e sofrido. Esta vida é cheia de mistérios!
Quando meu marido me falou desta bebê, que está sofrendo de DEPRESSÃO pelo abandono, fiquei olhando para os meus, tão felizes, tão cheios de vida, tão cobertos de amor por nós e toda a família e amigos. Sei muito bem o quanto um bebê que está internado precisa de pessoas que o amam ao seu lado. Quando os meus estavam internados, passei os piores dias da minha vida. Eu chorava muito, a única pessoa com quem tinha vontade de falar era meu marido, raramente atendia celular ou ligava para alguém. Mas nunca cheguei ao lado da incubadora chorando ou com o astral lá em baixo, sempre que a vontade de chorar vinha eu saía de perto, ia para outra salinha, já saí para me desesperar, para pedir pelo amor de Deus para ter calma, e sempre voltava com ânimo, com palavras de amor e incentivo, mostrando para eles que tinha alguém ali que acreditava em um Deus grande que os ajudaria na recuperação e que os amava acima de tudo.
Pobre Marina, não pela hidrocefalia, pois tem cura, tem tratamento e sei de pessoas que levam uma vida normal e de sucesso apesar dela, mas pela falta de amor, não tem nada mais dolorido do que a indiferença!!!

Declaração Universal dos direitos da Criança
Pricípio VI
- "A criança tem direito ao amor e à compreensão, deve crescer sob a proteção dos pais, com afeto e segurança para desenvolver a sua personalidade"

3 comentários:

  1. Oi Gisele, vim conhecer teu blog e é lindo! Te linkei lá no nosso cantinho para acompanhar a história de vocês.
    O meu Matheus e a minha Luana também vão adorar tua visita por lá!

    Sobre a Marina... dá vontade de chorar, não consigo imaginar como uma mãe pode deixar seu bebê... acho que é uma das coisas mais terríveis que uma pessoa pode fazer.
    Mas se Deus quiser esse pequeno anjinho vai poder crescer em uma família que tenha muito amor para dar e recurso para tratar da hidrocefalia.
    Bjs

    ResponderExcluir
  2. Nossa q crueldade!!!! E o nosso país tão burocrático para a adoção...quantso casais não fariam de tudo para agora terem a chance de adotar este bebê, independente de seus problemas de saúde. Mas enfim...
    Quanto as roupinhas tb passo tudo...guardei apenas as saídas de maternidade e algumas de prematuros q parecem mais de bonecas...até mesmo pq não encontrei ninguém precisando.
    Mil bjs!!!!
    Uli

    ResponderExcluir